Energia em Portugal
Portugal é um país altamente deficitário em termos energéticos, que em 2005 importava a totalidade dos combustíveis fósseis que consumia. Tal facto implica que em 2005 Portugal tenha importado 87,3 % da energia total que consumiu (em teps). Relativamente à produção de eletricidade, Portugal produziu, em 2005, 85 % da eletricidade que consumiu (importando os restantes 15 %). A produção doméstica total nesse mesmo ano foi 4 657 GW•h repartida do seguinte modo em termos das fontes utilizadas: não renováveis — 80,8 % (carvão — 32,7 %, gás natural — 29,2 %, petróleo — 18,9 %); renováveis — 19,2 % (hidroelétrica — 11 %, eólica — 3,8 %, biomassa — 3,0 %, outras — 1,4 %).
Contudo, pela primeira vez na sua história, Portugal, nos primeiros 5 meses de 2010, teve uma balança comercial de energia elétrica positiva, exportando mais energia que a que importou (982 GW•h contra 946 GW•h).
O governo de Portugal pretende que até 2010, 45 % da eletricidade produzida seja obtida a partir de fontes renováveis. A Barragem do Alqueva, no Alentejo — servindo a irrigação dos campos e gerando energia hidroelétrica, que criou o maior lago artificial na região ocidental da Europa e foi um dos maiores projetos de investimento do país.
Em 2007, foi inaugurada uma das maiores centrais de energia solar fotovoltaica do mundo (11 MW), em Brinches, concelho de Serpa e em fase de construção encontra-se aquela que será a maior do mundo no seu tipo (62 MW), situada em Amareleja, concelho de Moura, cuja montagem deverá estar totalmente concluída em 2010. Paralelamente a primeira exploração comercial do mundo da energia das ondas do mar entrou em funcionamento em setembro de 2008, 5 km ao largo de Aguçadoura, concelho de Póvoa de Varzim. Também a potência instalada em parques eólicos será aumentada para 5 100 MW em 2012 (contra os 2 000 MW instalados até meados de 2007) enquanto a potência hidroelétrica instalada deverá atingir os 7 000 MW em 2020 (contra os cerca de 5 000 MW de 2005).
Em 2016, Portugal passou quatro dias consecutivos a utilizar apenas energia renovável e assinou acordo internacional para comércio de energia renovável com Marrocos, Espanha, França e Alemanha. Os investimentos em energias renováveis em Portugal poderão totalizar 12 mil milhões de euros até 2012 e 120 mil milhões de euros até 2020.
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